A afirmação foi feita pelo presidente da Frente Parlamentar do Turismo, deputado federal Herculano Passos, durante o 11º Congresso Brasileiro de Convention & Visitor Bureaux.
A preocupação do setor hoteleiro com a possível legalização, no Brasil, de cassinos instalados em complexos integrados de lazer foi descartada pelo deputado federal Herculano Passos (MDB-SP), durante palestra ministrada no 11º Congresso Brasileiro de Convention & Visitor Bureaux, realizado em Brasília, nesta semana.
A possibilidade de impacto negativo que esses empreendimentos possam provocar na ocupação de hotéis que não tenham cassinos foi questionada por participantes do eventos ao deputado, que preside a Frente Parlamentar do Turismo. “Em Cingapura, quando os cassinos foram legalizados, houve essa mesma preocupação. Os hoteleiros argumentavam que iam perder clientes, que as pessoas só iriam se hospedar em resorts com cassinos. Sabe o que aconteceu? Foi necessário construir outros 40 hotéis para poder atender o crescimento turístico que a cidade teve”, exemplificou o deputado.
Há 50 anos, a cidade-Estado do sudoeste asiático, que tem 5,6 milhões de habitantes, era uma ilha pobre e, hoje, é um dos maiores centros financeiros do mundo. Junto com os cassinos – o primeiro foi inaugurado em 2010 – vieram também grandes convenções e eventos, gerando um fluxo anual de 18 milhões de visitantes por ano. Para Herculano, no Brasil haverá este mesmo efeito, quando os cassinos forem legalizados e grandes empreendimentos construídos.
Durante sua fala, o deputado explicou sobre os projetos de legalização dos jogos de azar, que tramitam na Câmara e no Senado. “Tanto aqui quanto lá, as propostas estão prontas para serem votadas pelo plenário. O projeto da Câmara está mais ‘azeitado’, uma vez que foi aprovado na Comissão Especial e na CCJ. Já o do Senado, teve parecer negativo na CCJ”.
Herculano explicou ainda que, conforme os textos de ambos os projetos, estado com até 15 milhões de habitantes poderão ter até um cassino. Estados que tenham entre 15 milhões e 25 milhões de habitantes, poderão ter até dois – é o caso de MG, BA e RJ – e São Paulo, que tem mais de 25 milhões de habitantes, poderá ter até três cassinos. “Eles funcionarão por meio de concessão e quem irá regular a atividade será o Governo Federal”, esclareceu Herculano.
O 11º Congresso Brasileiro de Convention & Visitor Bureaux faz parte de uma ação da Confederação Nacional de Municípios para estruturar parcerias para a realização da XIII Cúpula Hemisférica de Prefeitos e Governos Locais, prevista para ocorrer em março de 2020, em Recife (PE).