A migração das rádios AM para a frequência FM foi debatida nesta quarta-feira, 18, durante café da manhã da Frente Parlamentar da Radiodifusão. Para o deputado federal Herculano Passos, membro da Frente, esta é uma das principais prioridades do setor. “Existem atualmente, no Brasil, 1.781 emissoras de rádio AM, sendo que 1.386 pediram para mudar de faixa e cerca de mil poderão fazer a migração para FM já em 2016, conforme nos garantiu o ministro das comunicações, André Figueiredo”, explicou o deputado.
Na próxima terça-feira, 24, serão anunciados pelo governo os valores que emissoras AM terão que pagar para fazer a migração. Herculano antecipou que a tabela foi elaborada levando em consideração fatores como abrangência, localização e alcance das emissoras. “As tarifas estão dentro do que os concessionários de radiodifusão esperam e também adequadas às mudanças que o governo está promovendo”, afirmou.
A migração das rádios está relacionada com a implantação do sistema de TV digital no país, que começa ano que vem e vai até 2018. Os canais de TV 5 e 6 serão desocupados com a digitalização e serão destinados para a faixa estendida do FM nos municípios.
Durante o café da manhã, o ministro André Figueiredo falou sobre o desligamento-piloto do sinal analógico de TV, previsto para ocorrer em Rio Verde (GO) no próximo dia 29 de novembro. Figueiredo explicou que esse projeto piloto servirá de referência para prevenir problemas no desligamento do sinal analógico nas próximas regiões a partir de 2016. “Esse é um momento onde iremos definir quais erros e acertos precisam ser levados em consideração para quando formos desligar a próxima região, que é Brasília. Esperamos minimizar prejuízos à população”, explicou.
Para o presidente da Frente Parlamentar da Radiodifusão, João Rodrigues, (PSD-SC), as emissoras de pequeno porte estão inviabilizadas em decorrência da má frequência e sintonia e do som ruim. “Com a migração para o FM, há uma oportunidade maior de exploração do serviço. Uma emissora de rádio gera emprego, assina carteira, paga impostos e movimenta a economia local”, destacou.